Em entrevista exclusiva ao
#VamosMusicalizar, John O’Callaghan confirmou que a banda passará pelo Brasil
após o lançamento do novo álbum
No
ano em que completa 10 anos de banda, o The Maine pode estar facilmente
relacionado entre as principais bandas de rock dos anos atuais. Prestes a
lançar um novo disco, o The Maine está com tudo: hits nas rádios, fãs
enlouquecidos e, claro... Uma nova passagem pelo Brasil. Ao menos foi o que
garantiu o vocalista John O’Callaghan em entrevista exclusiva ao #VamosMusicalizar, confira:
Pedro Gianelli: 10 anos como
banda! O The Maine é uma banda jovem, mas ao mesmo tempo com muita experiência.
Qual é a evolução que você vê nesses anos como banda e como artista solo nesses
anos?

P.G.: A maioria das
entrevistas que faço é com aqueles “dinossauros do rock”, mas muitos
adolescentes vieram para mim e disseram: ‘ei, você tem que entrevistar o The
Maine’. Como você lida com eles? Porque são muitos garotos (as) gritando por
você, copiando seu estilo, existe um cuidado especial com isso? Porque você é o
herói deles.
J.O.: (risos)
Sabe, eu não me considero mais importante do que nenhum ser humano na Terra.
Mas eu sei que a plataforma que nós temos como uma banda e eu, como um frontman, nos deixa nessa posição. É
claro que exponho minhas ideias e as pessoas veem isso, mas o mais importante é
que o público, especialmente os mais novos, devem saber o quão importante são
nossas características individuais. Não devemos achar que copiar tal pessoa vai
nos deixar melhor, porque temos nossas próprias características e atitudes, até
mesmo aqueles que achamos que têm todas as respostas, como nossos pais, não
têm, então devemos procurar por elas, agindo da melhor maneira possível. Quando
saímos em turnê, sempre ouvimos algumas pessoas falando que querem montar uma
banda de rock, então, se você realmente quer, vá em frente, eu sinceramente
acho incrível a forma com que as pessoas vêm nos dizer isso, especialmente no
Brasil, é um país em que nos sentimos muito bem e é meu dever fazer com que
essas pessoas se sintam tão especial e única como todas são.
P.G.: Vocês estão gravando um
novo álbum, o que você pode dizer para nós sobre ele?
J.O.: Tudo
que posso dizer é como ele está soando e é um dos discos mais difíceis que nós
fizemos, principalmente para mim, por várias razões. Mas todas essas partes
difíceis fizeram deste álbum o melhor que já gravamos até agora, as pessoas
podem esperar por grandes músicas nesse disco. Não tenho todos os detalhes, mas
ele está sendo mixado agora e aí será masterizado até o ano novo, então eu acho
que teremos mais detalhes, como data de lançamento e todas essas coisas, por
volta de janeiro, e depois disso vamos planejar uma turnê e provavelmente
leva-la por todo o mundo.
P.G.: Sobre gravar um novo
álbum, você e eu viemos de uma outra escola, totalmente diferente da nova
geração, que é uma geração de downloads. Ao menos eu, gosto de ter o vinil ou
CD em minhas mãos e não igual aos mais novos, que baixam uma ou duas músicas e
pronto. Como você lida com essa nova geração? Porque é essa a geração de
pessoas que te acompanham. Isso afeta no momento de a banda querer gravar um
novo disco?

P.G.: Há muitas bandas de rock
alternativo surgindo todos os dias, mas vocês conseguem se manter sempre no
topo. Qual é diferença entre o The Maine e o resto?
J.O.: Oh,
cara! Eu acho que eu não tenho uma resposta para isso, mas tenho algumas coisas
que podem servir como isso (risos). Eu gosto de ver que as pessoas gostam do
que nós fazemos, porque elas veem sinceridade no que tocamos, elas percebem o
quanto nós gostamos de fazer o que fazemos, mais do que isso, elas veem o quão
fortunados somos por poder fazer isso. Nós percebemos que as coisas só vão dar
certo se tornarmos recíproco o amor que as pessoas que escutam nossa música têm
conosco. Existem muitos artistas que acham que atingiram a ponto que podem
fazer o que quiser e não se importam mais com os fãs, e quando isso acontece, é
quando você não é mais um artista e sim um babaca. Nós tentamos manter a
humildade, sabe, nós não somos rockstars,
somos apenas caras (risos), somos apenas caras normais que têm um emprego
anormal, nós temos que viajar o mundo todo e tocar música, e isso, para mim, é
um sonho se tornando realidade.
Somos
apenas pessoas normais, não somos rockstars,
rockstars estão mortos, apenas remanescem em nossos posters. Por exemplo,
Dave Grohl, do Foo Fighters, eu não sou um grande fã da música dele, mas um
grande fã da pessoa, da mensagem que ele passa, que é de muita humildade, e ele
esteve em duas das bandas mais importantes dos últimos 50 anos, você olha pra
ele e pensa: “eu amo esse cara!” (risos). Então, somos pessoas que as pessoas
podem olhar para nós e querer tomar um café conosco e ter uma conversa normal.
Mais uma vez, Pedro, eu espero que as pessoas gostem do que fazemos, porque
elas reconhecem uma sinceridade nisso, mas eu não me importo se é por isso ou
por qualquer outra razão, mas que elas gostem de nós e nos permitam fazer
música (risos).
P.G.: Eu tenho que perguntar
isso: o The Maine veio várias vezes no Brasil, mas quando vocês vão voltar?
Ouvi algo sobre uma passagem no ano que vem, é verdade ou não?
J.O.: Nós
estamos descobrindo toda a turnê que iremos fazer para o próximo disco, confie
em mim, o Brasil está lá nos lugares em que queremos visitar. Não é uma questão
de ‘se vamos’, mas sim de ‘quando vamos’. Vamos apenas finalizar o álbum e focar
onde vamos passar com essa turnê, mas nós vamos, definitivamente, voltar ao
Brasil no ano que vem.
P.G.: Temos um quadro aqui que
queremos saber o que o artista está ouvindo. Qual é a banda nova que você tem
ouvido ultimamente?
J.O.: Tem
uma banda chamada Cigarettes After Sex, que
realmente não paro de ouvir. Tenho escutado também o novo disco do J. Cole.
P.G.: E qual banda/artista
mais antigo que você não para de escutar?
J.O.: Eu
ouvi o novo disco do Neil Young, e é muito bom! E tenho escutado sem parar The
Clash!
O vocalista do The Maine ainda
enviou um recado especial para os fãs brasileiros, que pode ser ouvido AQUI
#VamosMusicalizar